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Compro Novo ou Conserto?

Compro Novo ou Conserto?

Será que quando nossa cafeteira (pipoqueira, mixer, geladeira, ferro, chuveiro... ou qualquer outra coisa) estraga, sai mais barato comprar outra do que arrumar? Pois é... eu sempre acreditei que sim! E conheço muita gente que, consciente ou inconscientemente, se comporta da mesma forma. Mas fico impressionada ao tentar identificar quando foi que conseguiram me/nos convencer que pagar 120 é mais barato que 80?

Como assim? Calma que eu vou explicar... Mas já adianto: Acontece! Acontece o tempo todo! E o pior é que muitas vezes nem nos damos conta. Eu mesma só fui me dar conta há uns 8 meses, quando minha cafeteira estragou. Como já vínhamos nesta jornada de repensar escolhas, buscar mais saúde (física, emocional, financeira, ambiental) através da informação, acabamos saindo do automático e abordamos o problema da cafeteira estragada de uma maneira bem diferente do que costumávamos fazer.

VALE A PENA

Antes de desligar o automático, processo que compartilho com vocês no meu canal do YouTube Pati Papos e conta do Instagram de mesmo nome, nossa abordagem era majoritariamente descartar o item com defeito e comprar um item novo, de preferência um modelo novo e mais moderno “para durar bastante”. O interessante é que quando orçamos o valor de uma cafeteira nova, ela custava mais ou menos 120 reais; e quando orçamos o valor cobrado para o reparo da cafeteira antiga, custava 80 reais... ou seja aproximadamente 30% menos. Isso sem nem entrar no mérito da sustentabilidade, da questão de gerenciar os resíduos e quanto tempo todo este material leva para ser degradado. Já que aqui nesta querida casa sem lixo, a gente já sabe que não existe fora! Tudo é dentro! Dentro do nosso planeta! Por isso manejar os resíduos é, sim, nosso problema!

Mas agora preciso confessar que quando primeiro tivemos acesso aos valores, a minha reação foi: hum... acho que não vale a pena... afinal é pouca diferença de preço e o arrumado nunca fica tão bom como o novo. Quem nunca ouviu ou pensou assim?

E é aí que te pergunto: até que ponto as coisas atualmente são de fato descartáveis, ou é nosso comportamento, nossa educação que promove a cultura do descarte.

É DESCARTÁVEL?

É claro que eu enxergo que as coisas tiveram uma perda importante de qualidade, não é este o ponto! O que quero questionar é até que ponto é só isso que está em jogo. Até que ponto este saber coletivo de que tudo é descartável não tem uma raiz comportamental também. Até que ponto ela não é, também, esta pulguinha que fica atrás da nossa orelha nos questionando se pagar 80 para consertar, não vai nos fazer pagar de fato 200 reais: 80 do conserto mais 120 por uma cafeteira nova.

Pois me permita te contar uma coisa linda que descobrimos aqui em casa: não é isto que acontece! Ou melhor, não é isso que acontece na maioria das vezes.

Por isto, considerando que o conserto de algo custa em média entre 30-50% mais barato do que comprar um item similar novo, passamos a fazer uma economia significativa. O que nos permite tomar o risco de que uma ou outra vez, não vai ter conserto e precisaremos comprar algo novo, ou repensar a necessidade da existência/uso daquele item na vida.

É LOGICO!

E assim, voltamos a nos conectar com a lógica (tão logica, não é mesmo?!) de que R$80,00 é mais barato que 120. E de fato é! Que R$80,00 são R$80,00 e não são necessariamente 200! Que quando consertamos algo, salvamos dinheiro, salvamos recursos naturais, salvamos planeta! E mais! Salvamos também a economia familiar, circular, local!

Sim! Nosso consumo deixa marcas! Este assunto certamente é extenso e merece um olhar atento só para ele, mas aqui vamos nos permitir apenas uma visita simplista e rápida no ponto central relacionado ao nosso tema: conserto ou compro novo?

ONDE EU ASSINO?

Pois bem, aqui em casa estamos cada dia mais conectados com a noção de que nosso consumo é como um “assinar em baixo” dos negócios aos quais damos suporte. Por isso, quando decidimos arrumar a nossa cafeteira, assinamos embaixo de pequenos negócios, comumente familiares, e que, na grande maioria dos casos, ganham a vida de forma sustentável, arrumando e preservando itens que já existem para que sua vida seja longa e próspera. Para que não virem lixo e entulho. Para que não precisemos extrair mais e mais matéria prima da nossa tão desgastada natureza. E este, meus queridos, é o tipo de negócio que eu quero dar suporte.

Obrigado pela atenção e feliz reparo para todos nós!

Texto escrito pela querida Patrícia Dillenburg - Criadora de conteúdo do canal Pati Papos. Pesquisadora, Dra. em Bioquímica e amante do empoderamento através da informação, trocou o trabalho na “área da doença” pela possibilidade de promover saúde através da informação, pois acredita que saúde se aprende e educação cura!

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